Memória do design gráfico

Direction
Uma revista desenhada por Paul Rand
As capas de revista de Paul Rand romperam com o tradicionalismo
no design de publicações norte-americanas nos anos 40.
O conhecimento aprofundado da arte moderna, particularmente da obra de Paul Klee, de Wassily Kandinsky, dos Cubistas, Dadaístas e Suprematistas, influenciou Paul Rand na invenção de novas formas.
As capas para a revista Direction estão sob a influência da vanguarda estética da Europa. Rand utilizou a ilustração, a collage e a tipografia de uma forma até então nunca experimentada nos Estados Unidos.
Na Direction - uma publicação antifascista de arte e cultura -, Paul Rand conseguiu exprimir as suas preocupações políticas e chamou a atenção para o alastrar da guerra global.

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Fortune Magazine

Excelência do design editorial entre as duas Grandes Guerras.
Fortune foi criada por Henry Luce (co-fundador da Time) em 1930, quatro meses depois do Wall Street Crash de 29.
O sócio Briton Hadden não gostou muito desta iniciativa, mas Luce avançou com a ideia depois de Hadden falecer em 1929. Luce escreveu um memo aos directores da Time, em Novembro de 1929, "We will not be over-optimistic. We will recognize that this business slump may last as long as an entire year."
Para a Fortune, Herbert Bayer desenhou vários infográficos.

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Life Magazine


Esta revista cunhada pelo ensaio fotográfico chegou a vender mais de oito milhões de exemplares por semana — e morreu vítima do próprio gigantismo.
No folheto de lançamento, redigido por Henry Luce, prometia ele que a missão da revista era "ver a vida, ver o mundo; testemunhar grandes acontecimentos, ver os rostos dos pobres e os gestos dos orgulhosos".
Life chegou a vender mais de oito milhões de exemplares por semana e morreu vítima do próprio gigantismo, com o aparecimento de um veículo de massas mais potente, a televisão, que apresentou aos anunciantes a possibilidade de falar com mais gente a um preço menor.
A exemplo do que acontecera com Time, Life também inspirou o aparecimento de mais revistas ilustradas com reportagens fotográficas no mundo inteiro.

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The New Yorker

Fundada em 1925 por Harold Ross, que desejava criar uma sofisticada revista de humor – em contraste a cafonice de outras publicações humorísticas como Judge, na qual havia trabalhado, ou Life.
Revista editada nos Estados Unidos que publica críticas, ensaios, reportagens investigativas e ficção. Ainda que ostensivamente focada na vida cultural da cidade de Nova Iorque, a The New Yorker tem uma ampla audiência fora da cidade devido a qualidade de seu jornalismo.

A sua característica urbana e cosmopolita é exemplificada pela secção "Talk of the Town", que oferece interessantes comentários sobre a vida da cidade, cultura popular, e o humor inteligente e perspicaz de suas curtas histórias de humor e suas famosas charges.

Por meados do século 20, popularizou a crónica como uma forma literária nos Estados Unidos. Dentro do meio jornalístico, a The New Yorker desfruta a reputação de possuir uma das melhores equipes de verificação de factos e edição na indústria editorial.

The New Yorker estreou em 1925. Foi fundada por Harold Ross, que desejava criar uma sofisticada revista de humor – em contraste a outras publicações humorísticas como Judge, na qual havia trabalhado, ou Life. Ross criou uma parceria com o empreendedor Raoul Fleishmann para estabelecerem a F-R Publishing Company e os primeiros escritórios da revista em Manhattan. Ross continuaria a editar a revista até a sua morte em 1951.

Durante os primeiros precários anos de sua existência, a revista orgulhou-se da sua sofisticação cosmopolita e em ser "a revista que não é editada para a velha senhora de Dubuque." A primeira capa da revista, com um carola observando uma borboleta através de um monóculo, foi esenhada por Rea Irvin, que também desenvolveu a fonte que a revista usa para seu logo e manchetes.
Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, o ensaio de John Hersey sobre Hiroshima utilizou uma edição inteira. Nas décadas subsequentes, a revista publicou crónicas por muitos dos mais respeitados escritores do século 20, incluindo Ann Beattie, J.D. Salinger, Haruki Murakami, Alice Munro, Vladimir Nabokov, Philip Roth, e John Updike. The Lottery, escrita por Shirley Jackson, recebeu mais cartas após publicação do que qualquer outra crônica na história da The New Yorker.

Nas suas décadas iniciais, a revista algumas vezes publicada duas ou até mesmo três histórias curtas por semana, mas em anos mais recentes o ritmo tem se mantido estável em uma história por semana, mas há costumeiramente uma edição por ano, "Fiction Issue", que contém mais histórias.
Ainda que alguns temas e estilos ocorram mais frequentemente do que outros, as crônicas da revista são variadas, e já incluíram de introspectivas narrativas domésticas por John Updike até o surrealismo de Donald Barthelme e as paroquiais narrativas das vidas de neuróticos nova-iorquinos até histórias estabelecidas em um amplo leque de locais traduzidas para muitas linguagens. Os artigos de não-ficção (que normalmente correspondem pelo grosso do conteúdo da revista) são conhecidos por cobrirem uma ampla gama de temas.

O editor da The New Yorker até 2005 é David Remnick. Editores anteriores, além do próprio Ross, foram William Shawn (1951-1987), Robert Gottlieb (1987-1992) e Tina Brown (1992-1998). A revista foi adquirida pela Advance Publications em 1985, a empresa editorial controlada pela S.I. Newhouse.

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