Mostrando postagens com marcador Suécia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Suécia. Mostrar todas as postagens

LIBROS

Los «nuevos» Stieg Larsson creen que Suecia «se desintegra»


Alexander Ahndoril y Alexandra Coelho, alias Lars Kepler, publican «El contrato», un repaso a la industria armamentística sueca


Estocolmo, EFE
06.03.2011

Lars Kepler ha sido bautizado como "el nuevo Stieg Larsson" y el matrimonio de escritores que se esconde tras ese nombre lo acepta como "un honor". Alexander Ahndoril y Alexandra Coelho toman el testigo de la denuncia social a través de la novela negra y creen que la idílica Suecia "se desintegra".

Con "El Hipnotista", su primer libro bajo pseudónimo, revolucionaron el panorama de la literatura criminal y vendieron 80.000 copias en España; ahora publican "El contrato", todo un repaso a un tema tabú en Suecia como es la industria armamentística y la venta a terceros países.

"Suecia ya no es un país perfecto ni ideal. Creo que se está desintegrando en muchos aspectos. En 'El hipnotista' queríamos escribir sobre las familias, y la sociedad no deja de ser la mayor de ellas, pero en este país la gente ya no tiene ese sentido de pertenencia", reflexiona Coelho.

La forma descarnada y el trasfondo social y político de sus dos novelas han hecho que la crítica internacional les nombre herederos del autor de la trilogía "Millenium", de quien el matrimonio afirma que "revitalizó" el género y a quien quisieron homenajear al elegir el pseudónimo de Lars Kepler.

"Pero tenemos nuestra propia voz y nuestras propias historias", puntualiza esta pareja que asiente reflexiva ante la tesis de que el irresoluto asesinato del primer ministro sueco Olof Palme en 1986 pueda tener algo que ver con esta vitalidad de la novela negra en su país en los últimos años, con esa búsqueda de la justicia y esa necesidad de resolver crímenes.

Como Larsson, Lars Kepler ha creado un protagonista carismático, el inspector de policía Joona Linna, un inmigrante finlandés en Suecia que en "El contrato" deberá conectar y desentrañar las muertes de la hermana de una joven activista por la paz y el responsable de la supervisión de exportación de armas de Suecia.

Un héroe finlandés
La elección de un finlandés es un tributo de los autores a la comunidad finlandesa en Suecia, que es la "mayor minoría" del país. "Queríamos darles visibilidad, que tuvieran un héroe", señala Alexandra. Además, confiesa que les fascina la cadencia "seria y melancólica" de los finlandeses al hablar en sueco.

Tras Lars Kepler no hay sólo una pareja de escritores que teclea al alimón. Hay un matrimonio con tres hijas, lo que hace inevitable preguntarse por la forma en que los Ahndoril-Coelho entienden la tan traída y llevada conciliación y la forma en la que se enfrentan a la escritura entre tanta cotidianeidad.

Cada día se turnan para llevar a las niñas al colegio, y el que se queda en casa prepara la "sesión de té" en la que discuten argumentos y tramas que "son todo" en la novela negra. De hecho a ellos no les gusta el té, sino el café. Es a su alter ego literario al que le gusta: "cuando somos Lars Kepler empezamos a beber té para ponernos en situación. Trabajamos como guionistas, con montones de 'post-it' por toda la mesa con las distintas tramas", comenta el marido.

Una vez de acuerdo, se trasladan a sus respectivos ordenadores para escribir y después se envían el uno al otro por correo electrónico lo que han escrito, y juntos van completando escenas, llenando huecos. "Por ejemplo, si yo escribo algo pero no imagino la habitación en la que ocurre, quizá Alexandra sí lo haga", apunta Alexander. Y así, correo va correo viene, van construyendo novelas de las que mantienen al lector en vilo hasta la última página.

"Así que no se puede decir que cada uno haya escrito determinadas partes del libro. Hay escritores que cuando escriben juntos se dividen los capítulos, o los personajes. Nosotros no. Somos uno, somos Lars Kepler, y necesitamos serlo para poder trabajar juntos", argumentan.

"El hipnotista" y "El contrato" son sólo las dos primeras de la serie de ocho novelas que se han propuesto escribir juntos. Ya están ultimando la siguiente. "Tendrá algo que ver con lo sobrenatural", desvela Alexandra Coelho antes de que su marido le susurre que es mejor no decir nada por el momento.

http://www.abc.es/

Quando as suecas dizem não

As mulheres devem aceitar tudo numa relação sexual, e como garantir os limites que elas decidem fixar? A queixa de duas mulheres contra Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, por agressão sexual e violação deu origem a um debate na Suécia.


Olivier Truc, Le Monde, Paris
12.02.2011


"Dizer" traduz-se em sueco por "prata om det". É a palavra do momento. Está em todo o lado, invadiu o Twitter, os blogues, as colunas dos jornais, a rádio e a televisão. Resume o debate, que tomou conta da sociedade sueca nas últimas semanas, acerca dos limites dessa "zona cinzenta", em que os desvios sexuais se perdem entre duas pessoas no mistério de um quarto.

Johanna Koljonen esteve na base dos acontecimentos. Em 14 de dezembro de 2010, esta jornalista independente, presença habitual nas páginas e programas culturais na Suécia, discute o caso de Julian Assange no Twitter. O fundador do Wikileaks começa então a aparecer nas parangonas da imprensa mundial – duas suecas apresentam queixa contra ele, acusando-o de violação, agressão sexual e coerção.

As regras do jogo mudam surpreendentemente
Um correspondente de Johanna Koljonen responde que, na Grã-Bretanha, o caso Assange é considerado como um erro judicial cometido à custa do australiano. Às 18h 07m, Johanna Koljonen responde com uma mensagem um pouco mais pessoal: "O facto é que eu já me encontrei numa situação semelhante, mas era muito ingénua para perceber que poderia ter imposto um limite... " A conversa continua e, meia hora mais tarde, Johanna volta ao assunto, desta vez de forma bastante clara. "Na verdade, fiquei um pouco chocada ao descobrir que só agora percebi que também vivi uma experiência de "sexo inesperado".

E, a partir daí, conta a sua experiência, em mensagens de 140 carateres. Uma noite, vai para a cama com um homem voluntariamente, mas, na manhã seguinte, ele aproveita o seu estado ensonado para a penetrar "alterando as regras do jogo", ou seja, sem preservativo. Quando ela se apercebe do que está a acontecer, não se atreve a interromper. Exatamente a situação em que se encontrou uma das duas suecas que se queixaram contra Julian Assange. Mas Johanna explica que não apresentou queixa. "Porque não sabia que tinha direito a limites absolutos [...] a uma fronteira com um homem com quem eu já tinha dormido."

Agressão ou má experiência sexual
Desde então, o debate ganhou força. Johanna Koljonen rapidamente recebe mensagens amigáveis, que a felicitam pela sua coragem, por se ter atrevido a contar. A máquina está em marcha. O Twitter é invadido por mensagens com testemunhos semelhantes. Na hora seguinte, o grupo, onde há muitos jornalistas, define uma estratégia. Os primeiros doze voluntários tomarão posição nas respetivas redações para publicarem, na segunda-feira seguinte, um testemunho pessoal sobre essa descida à zona cinzenta. Efeito bola de neve garantido.

Desde então, o assunto não para. Agressão ou não? Existe uma "zona cinzenta", onde é difícil dizer se se trata de agressão ou apenas de uma má experiência sexual?

O debate adquiriu um impulso ainda maior na Suécia por ter surgido depois de um outro caso que abalou o país em 2009 [um estudante foi condenado por violar uma colega de turma com base no depoimento desta, mas os habitantes da sua aldeia mobilizaram-se em sua defesa, até que ele viole uma outra rapariga]. Como no caso Assange, a suspeita recai sobre a vítima, enquanto o suposto autor do delito – em ambos os casos, um homem popular – beneficia de apoio incondicional.

É neste contexto que devemos situar o presente debate, que nada tem de jurídico. "’Não’ é ‘não’ em qualquer lugar, mas o interessante são as situações em que queríamos dizer ‘não’, mas deixamos as coisas acontecer, porque estamos apaixonados, tímidos, gratos, impressionados, embriagados ou cansados demais para discutir ", diz Johanna Koljonen ao Monde.

Göran Rüdling, um bloguista muito ativo, milita a favor da introdução de uma lei sobre o consentimento, em que os parceiros devem expressar as suas intenções. "Um homem não pode compreender um ‘não’ que nunca foi dito. Eu digo que não há qualquer zona cinzenta. O ‘não’ deve ser expresso por palavras ou gestos. Atualmente, a legislação sueca é aplicada se houver violação, violência, ameaça. Caricaturando, a lei diz que as mulheres querem sempre fazer amor, até ao momento em que dizem ‘não’, o que é um absurdo, porque devem provar que disseram ‘não’.”

"A Arábia Saudita do feminismo"
Na sua opinião, isto explica que, apesar das aparências, os tribunais suecos tenham frequentes dificuldades em julgar casos de violação. O problema, para Göran Rüdling, é que as pessoas não sabem distinguir entre ‘querer’ e ‘consentir’. "Podemos consentir uma coisa que não queremos”, afirma para justificar a sua militância. “Qualquer que seja a razão, se uma mulher não resiste ou não nega, então concorda. Hoje em dia, os homens tentam não ouvir um ‘não’. Com esta lei sobre o consentimento, deverão tentar obter um ‘sim’."

À partida, Johanna Koljonen fez realçar um paradoxo: num país tão respeitador da igualdade como a Suécia, onde o feminismo é muito habitual, onde, mais do que noutros lugares, as mulheres lutaram para conseguir o direito a serem respeitadas, como pode haver tantos mal-entendidos? A sua resposta foi: "Temos que falar sobre o assunto”.

No caso Assange, duas jovens queixam-se de que o fundador do Wikileaks praticou sexo sem usar preservativo. Em ambos os casos, Julian Assange nega qualquer agressão, dizendo que a relação foi consentida à partida. O debate na Suécia acendeu-se a partir deste mal-entendido, e porque a reputação das duas suecas foi afetada, especialmente na Internet – onde se dizia que "tiveram o que mereciam". O próprio Julian Assange deitou achas para a fogueira quando acusou a Suécia de ser "a Arábia Saudita do feminismo”.

Serão os suecos vítimas de um certo mito sueco?

Em “Um verão com Monika” (1953), Ingmar Bergman filmou a jovem Harriet Andersson, com uma sexualidade muito livre, a tomar banho nua. A cena credibilizou a ideia do "pecado sueco", que insinuava que uma mulher livre era uma mulher fácil. Convém, no entanto, reconsiderar “Um verão com Monika” e reinterpretar o longo olhar de Harriet Andersson para a câmara, enquanto se preparava para voltar para a cama com um homem a quem acabara de dar uma bofetada. Esse olhar foi classificado por Jean-Luc Godard, como o "plano mais triste da história do cinema".

http://www.presseurope.pt/


LIBRO

EL REY DE SUECIA BAJO SOSPECHA

Carlos Gustavo tuvo que convocar ayer una precipitada rueda de prensa para salir al paso de un escandaloso libro

Por Carmen Villar Mir, Estocolmo
05.11.2010
Foto - El Rey de Suecia, durante la rueda de prensa - AFP

No se recuerda una cosa igual! En la siempre monárquica Suecia, donde jamás se puso en tela de juicio la figura del Jefe de Estado, que siempre gozó de un trato preferente, acaba de publicarse un libro que ensucia la persona del Rey y la pone a los pies de los caballos. Le acusa de adulterio, de haber visitados clubes de dudosa reputación y participado durante sus viajes, «solamente para hombres», en orgías sexuales con una docena de mujeres primorosamente elegidas para la ocasión. Tal ha sido el escándalo provocado por el libro «Carl XVI Gustaf den motvilliga monarken» (Carlos XVI Gustavo, Monarca contra su voluntad), que Su Majestad convocó ayer una precipitada rueda de prensa. Acudieron a ésta las redacciones y televisiones de 60 medios escandinavos, alemanes y holandeses, amén de un surtido número de corresponsales.
.
Carlos Gustavo apareció ante los periodistas con marcado nerviosismo y afirmó que no podía comentar nada porque no había leído el libro, pero que después de haber hablado con la Reina y con su familia, había decidido «pasar hoja», ya que, en todo caso, todo ocurrió hace años. Tras esa real aparición, la opinión general, que entra dentro de la lógica, es que quien calla, otorga. El Monarca, al no negar sus «pecados», ha empeorado la situación y casi confirmado que son verdad los hechos de los que se le acusa. Hoy, el escándalo no hace más que empezar. Suecia, siempre respetuosa con su Familia Real, parece haberle perdido el respeto. Y, aunque gran parte de los ciudadanos piensa que esta movida es parte de una campaña contra la Monarquía, hay quien asegura que el Soberano tiene que responder de sus actos como cualquier ciudadano.
.
Por otro lado, el dueño de uno de los clubes de strip-tease que cita el libro, ha dado la cara afirmando que todo es cierto y tres de las supuestas amantes del Monarca prometen declarar ante los Tribunales y dar toda clase de detalles sobre la vida sexual del Rey. Por si fuera poco, los autores del libro, tres conocidos periodistas de investigación, dicen haberse guardado «lo peor», que publicarán si son demandados. Una de ellos, presentadora de la cadena de televisión TV-4, fue despedida de forma fulminante por haber aportado detalles escabrosos a los de por sí turbios y vidriosos textos.
www.abc.com/