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LIVRO

Livro lançado na França acusa Psicanálise de ineficaz
05.2010

Le Crépuscule d'une idole, l'affabulation freudienne, de Michel Onfray, lança contra o pai da Psicanálise uma lista de críticas - de homofóbico a charlatão

A um jornal, o autor afirmou que a Psicanálise tem o mesmo poder de cura da homeopatia, o magnetismo, a radiestesia, a massagem do arco do pé ou o exorcismo feito por um sacerdote.

O filósofo francês, que se diz ateísta e anarquista de esquerda, é fundador da Universidade Popular na cidade de Caen, tornou-se best seller e foi devidamente ameaçado de morte ao criticar as religiões monoteístas em seu "Tratado de Ateologia".

Ele classificou as religiões como contos de fada.

- Contra rabinos, padres, aiatolás e mulás, mantenho a preferência pelos filósofos", escreveu.

Onfray também acusa Freud de fracassar na cura de vários pacientes e alterar seus registros para parecer que o tratamento teve sucesso.

O livro polêmico traz uma observação conhecida dos psicanalistas - a de que as teorias freudianas são limitadas pela época e local de criação - a Viena burguesa da virada para o século 20.

- Freud tentou tornar universal uma doutrina que no máximo servia só para ele, diz o filosofo.
http://tudoehassunto.blogspot.com/

Sozinha em palco é "o momento da perfeição"
27.01.2010

Estar sozinha em palco é "o momento da perfeição", do encontro entre coreógrafa e intérprete que Olga Roriz vai repetir quinta-feira na estreia mundial de "Electra", personagem forte, a viver um tempo de espera.

"É uma mulher que está à espera. O tempo não existe para ela, não é doloroso esperar, são outras coisas que doem. Para mim, agora, é a ansiedade"..
Que antecede a subida ao palco para interpretar este espectáculo no Teatro Camões, em Lisboa, inserido na programação da Comissão Nacional das Comemorações do Centenário da República.

Não é a primeira vez que Olga Roriz se inspira num personagem mitológico - "Isolda" e "As Troianas" fazem parte desse imaginário universal que também verteu em coreografias - com uma "grande riqueza e complexidade", disse numa entrevista.

"Electra" não narra a história desta personagem da mitologia grega - filha de Agamemnon e da rainha Clitemnestra - mas é inspirada nos seus complexos contornos.

Olga Roriz chama-lhe uma "mulher tripolar", devido à quantidade de facetas que apresenta.
Personagem principal de uma peça homónima de Sófocles e outra criada por Eurípides, Electra é uma mulher amargurada e impulsiva, levada mais pela fúria do que pela maldade.
Convence o irmão - Orestes - a assassinar a mãe, vingando a morte do pai.

O termo "complexo de Electra" é usado na psicanálise como equivalência feminina do complexo de Édipo, para designar o desejo da filha pelo pai, e tem inspirado, ao longo dos tempos, diversos criadores do cinema, literatura e teatro.

Já "tocada" pela personagem, Olga Roriz leu "tudo que havia para ler" sobre Electra, e, finalmente, já com esta mulher "dura e forte" dentro de si, colocou todo o material de parte e entrou em estúdio para a construir à sua maneira.

"Não foi difícil, as coisas saíram com grande facilidade. Esta Electra estava colada a mim. Não houve momentos dolorosos, de procura, sem saber para onde ir", contou a criadora, nascida há 54 anos em Viana do Castelo e com uma carreira de mais de trinta anos.

Considerada uma coreógrafa revolucionária na história das últimas décadas da dança em Portugal, estudou com Margarida Abreu e Ana Ivanova, ingressou na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa.

Tornou-se primeira bailarina do Ballet Gulbenkian, onde foi depois convidada para coreógrafa, vindo a criar a própria companhia em 95.

"Electra" tem dramaturgia, selecção musical e figurino de Olga Roriz e Paulo Reis, direcção de ensaios e cenografia de Paulo Reis, desenho de luz de Clemente Cuba e pós-produção áudio e desenho de som de Sérgio Milhano.

O espectáculo a solo de Olga Roriz estará no Teatro Camões, em Lisboa, nos dias 28, 29, 30 e 31 de Janeiro, e no Teatro Nacional de São João, no Porto, dias 04, 05, 06 e 07 de Fevereiro.