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Roman Polanski não será extraditado para os EUA

por Agência Lusa
12.07. 2010

O realizador franco-polaco Roman Polanski «não será extraditado para os Estados Unidos e as medidas de restrição à sua liberdade serão levantadas», anunciou hoje a ministra da Justiça suíça.

Numa conferência de imprensa em Berna, Eveline Widmer-Schlumpf explicou que a análise aprofundada ao pedido de extradição “não permitiu excluir a existência de um vício” jurídico.

O advogado de Roman Polanski, assim como os embaixadores norte-americano, francês e polaco foram informados da decisão das autoridades suíças.
«Os Estados Unidos não podem recorrer da decisão da Suíça» de rejeitar o pedido de extradição do realizador, afirmou a ministra da Justiça suíça, em conferência de imprensa.

Para Polanski, «foi feita justiça», disse um dos seus amigos, o escritor e filósofo francês Bernard-Henri Lévy.
«Acabo de falar com ele, e o seu estado de espírito é idêntico ao de milhões de cidadãos que o apoiaram, o seu sentimento é o de que foi feita justiça», declarou Bernard-Henri Lévy, que foi o primeiro a pôr a circular uma petição de apoio ao realizador franco-polaco.

O cineasta, de 76 anos, foi detido a 26 de setembro de 2009 pelas autoridades suíças na sequência do pedido de extradição dos Estados Unidos, onde o realizador manteve em 1977 relações sexuais com uma menor, de 13 anos.

Realizador de “O pianista” pelo qual ganhou um Óscar, Polanski foi libertado a 04 de dezembro, após o pagamento de uma caução de três milhões de euros, ficando sujeito a usar uma pulseira eletrónica enquanto permanecia na sua casa em Gstaad (centro).
O novo filme do realizador, "O escritor fantasma", estreia-se em Portugal na quinta-feira.
O filme valeu a Roman Polanski o prémio de melhor realizador no Festival de Cinema de Berlim, em fevereiro.

Na altura, o cineasta não pôde recebê-lo pessoalmente por estar em prisão domiciliária na sua casa na Suíça.
A partir de um romance de Robert Harris, a longa metragem é um "thriller" que conta a história de um "escritor fantasma" (Ewan McGregor) contratado para escrever as memórias de um antigo primeiro-ministro britânico (Pierce Brosnan).

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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