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Eyjafjallajokull

por Paulo Alexandre Amaral
21.07.2010
Caos de cinzas do vulcão islandês renova vida marítima
As cinzas que durante Abril e Maio pararam a vida no ar poderão ter dado um grande empurrão à vida marítima

O vulcão islandês entrou em actividade no passado mês de abril gerando uma onda de caos nos aeroportos do Velho Continente durante semanas a fio. Em contraste com a paralisação que se verificou nos céus europeus, uma nova dinâmica de vida poderá ter sido desencadeada no mar devido à propagação das cinzas vulcânicas do Eyjafjallajokull.

A notícia é avançada pela BBC News, que cita uma investigação em curso nas águas do Atlântico Norte.
De acordo com o site britânico, uma equipa de cientistas regressou à região para recolher informação adicional relativamente aos efeitos que a cinza vulcânica poderá ter tido na biologia marítima.

Em causa poderá estar a penetração no oceano das partículas de ferro das cinzas do Eyjafjallajokull e que terão originado o aparecimento de pequenos organismos designados por fitoplâncton, seres que constituem a base da cadeia alimentar marinha e têm capacidade para realizar a fotossíntese, processo através do qual o dióxido de carbono é transformado em oxigénio.

A equipa internacional de investigadores procura agora determinar se o aumento dos níveis de ferro observados durante uma primeira expedição ao
Atlântico Norte teve origem na nuvem de cinzas do vulcão islandês.

O aumento dos níveis de ferro manifestou-se em amostras de sedimentos recolhidas pela equipa de cientistas durante a passada semana.

"Verificámos alguns níveis elevados (de ferro) entre 20 a 40 metros de profundidade. Pode ser resultado das cinzas vulcânicas, mas temos de verificar melhor, a uma escala maior", declarou Eric Achterberg, professor da universidade britânica de Southampton, que chefia a investigação.

Os cientistas estão agora a recolher novas amostras de ferro e nutrientes das águas e atmosfera no Atlântico Norte para confirmar que o o fitoplâncton está "a processar mais dióxido de carbono do que a quantidade habitual num ano normal".
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