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Ucrânia

100 dias de presidência de Vikor Ianukovitch
22.07.2010

Os primeiros 100 dias de presidência de Viktor Ianukovitch, vários especialistas e analistas avaliaram de maneira diferente: uns vêem naquele que acontece o triunfo de política de Kremlin e de forças políticas pró-russos, para outros isso é a eliminação da soberania estatal da Ucrânia.

No entanto, todos concordam numa coisa: durante um pouco mais de três meses, a Ucrânia mudou dramaticamente. A Ucrânia que existia durante a presidência de Kravchuk, Kuchma ou Yushchenko já não existe. Em vez de isso, há um país formalmente independente que faz lembrar a Pequena Rússia pré-revolucionaria ou a República Socialista Soviética da Ucrânia. Não era por acaso que uma das "conquistas" desses 100 dias foi a instalação de um monumento a Stalin na cidade de Zaporizhia.

O próprio Ianucovitch muitas vezes identificou a sua simpatia para com o sistema político russo contemporâneo: durante três últimos meses dele foi levado tudo do melhor (segundo a compreensão de Ianukovitch) - o monopólio do poder supremo, os mecanismos de marginalização da oposição, a ideia de construir o "vertical do poder" exclusivamente por membros do partido, a tecnologia de transferência da liberdade de expressão numa "maneira construtiva", o desejo de "domesticar" o tribunal e de limitar a liberdade de reuniões.

E todos os "vazios" (mais uma vez, na sua fraseologia) - tais como a modernização, alta tecnologia e desenvolvimento de inovação - foram ignorados. Na Ucrânia ninguém fala sobre eles, nem o poder nem os restos da oposição.

A maioria dos analistas políticos concordam sobre o fato de que a vantagem da Ucrânia sobre a Rússia está na construção do seu sistema político (a presença de competição política, eleições etc.), enquanto a Rússia declara o seu desejo de se tornar um "estado de desenvolvimento", no qual a modernização inovadora seria um Ianucovitch mainstream.

Os principais beneficiários da nova situação política tornaram-se os oligarcas. Assim, é lógico que a carga tributária foi transferida de um grande negócio para as empresas pequenas e médias. No entanto, diversas grandes empresas industriais (por exemplo, "Zaporizhstal") têm mudado misteriosamente os seus proprietários para companhias de offshore, para além dos quais brilham as figuras da oligarquia russa.

Durante os 100 dias tornou-se mais visível a transformação do sistema político. Assim, ao longo de presidência de Yushchenko existia a poliarquia - com uma dispersão de poder político entre várias famílias, facções e partidos políticos, que proporcionava uma concorrência real na política.

Mas o que temos agora, é que nos últimos meses, praticamente todo o poder estava concentrado nas mãos do Partido das Regiões e do clã de Donetsk. Outro tipo de oposição - pró-Yushchenko, pró-Timoshenko e outros foram marginalizados e removidos da área de influência sobre a decisão política (interessante notar que na maioria dos casos, isso acontece devido à sua própria ineficiência).

Para muitos observadores russos é agradável a política cultural e linguística do novo regime, associada à expansão do uso da linguagem literária russa, com ainda maior marginalização de tudo que é ucraniano e com toda a cultura de desucranização no geral (cultural, educacional, judicial e administrativo).

No entanto, como sabemos, na política ucraniana, os debates sobre a língua, cultura, Golodomor surgem justamente quando o real governo tenta confundir os problemas - diminuição do nível de vida, aumento do desemprego, queda do crescimento do PIB, os fracassos e retrocessos na política externa.

Na mesma maneira, com a satisfação indisfarçável foram recebidas as declarações de líderes ucranianos de que a Ucrânia já não procura a aderir à OTAN. No entanto, isso é uma venda de ar numa caixa elegante com arco - com a mesma convicção poderia ser dito que a Ucrânia, por exemplo, não vai participar na construção de um túnel de Bombaim para Londres ou se recusa de suas reivindicações para as colónias na lua. A questão de adesão à NATO já não está na ordem do dia. Por isso não há nem o suporte do povo, nem a vontade dos dirigentes da própria NATO, nem recursos suficientes para a modernização do exército ucraniano e de indústria de defesa.

Pela primeira vez, na história da Ucrânia independente, a ameaça de secessão do país começou a ser percebida como a realidade. Pelo menos, os protagonistas do partido do poder não tentam suavizar os cantos e aprofundam as feridas de seu país (língua, Golodomor, temas de Stalin, de Stepan Bandera etc). Por exemplo, o mesmo Ministro da Educação e Ciência Dmitro Tabachnik é conhecido não só pelas suas iniciativas de deucrainização na educação, mas também pelas afirmações realmente racistas contra o povo da Ucrânia Ocidental.

Os cidadãos particularmente sensíveis e dispostos a "resolver os sinais de destino" acreditam que Ianukovitch tem azar: na véspera da inauguração ruiu um monumento de fundadores de Kiev, durante a sua inauguração em frente dele fechou-se a porta, no caminho para o aeroporto (para voar para Kharkiv, numa reunião comemorativa com Dmitry Medvedev) um carro da comitiva presidencial foi atingido o homem à morte, para não mencionar a coroa de flores que caiu sobre o Victor Ianukovitch durante uma cerimónia na chama eterna.

A peculiaridade do actual governo ucraniano é que para maioria dos seus representantes a Ucrânia independente é uma forma de formação aleatória - um erro da história. Por isso eles não têm e não podem ter um projecto para o país que eles estão a lidar. Daqui vem toda a restauração total do estilo político soviético.

Yushchenko teve o seu projecto (apesar de que muitos não gostavam), Kravchuk teve, até Kuchma teve um tipo de estratégia de equilíbrio multifacetado. A falta de um projecto que temos hoje, transformou o país num "Ukraine-Ltd" - um estado-corporação que existe não para o bem comum, mas sim para extrair o máximo lucro para os seus proprietários.

E se a Rússia é um estado-corporação com quase duas décadas de história, a Ucrânia torna-se assim diante os nossos olhos. Por isso, dentro da Ucrânia está a luta por uma participação de controlo entre os grupos de accionistas de Donetsk e de Kremlin.
Українська правда
http://ucraniaonline.blogspot.com/

Ucrania

Ianukovych compra drogas por internet para demostrar su libre circulación
01.07. 2010

El presidente de Ucrania, Víctor Ianukovych, exhibió hoy ante el Gobierno drogas adquiridas en internet por orden suya, para demostrar su libre circulación en el país y la ineficacia de las fuerzas del orden.

"¿De qué trabajo estamos hablando cuando en las tiendas de internet se puede comprar cualquier surtido de drogas?", inquirió el presidente en una reunión con la plana mayor del Ejecutivo y los cuerpos de Seguridad, según la agencia Interfax-Ucrania.

Ianukovych mostró ante las cámaras de televisión probetas con diversas drogas, como cocaína y marihuana, y sustancias psicotrópicas y medicamentos cuya venta sin recetas está prohibida, todas ellas adquiridas por la Presidencia en la red. "Mis asesores tardaron unas pocas horas en comprar todo esto a empresas distribuidoras en internet. He ordenado hacerlo (...) para demostrar cuán eficaz es la lucha que lleváis a cabo", denunció.

El jefe de Estado expresó su alarma por la circulación impune de las drogas en el país, especialmente entre los jóvenes, y calificó de "insuficiente, si no criminal, la labor de las fuerzas del orden para combatir esta plaga". "¿Cómo es posible que en el país operen libremente las tiendas que venden narcóticos a través de internet? ¿Por qué se violan las leyes ucranianas y se incumplen las obligaciones internacionales, quién es el responsable de esta situación?", preguntó.

La Presidencia ucraniana defendió en un comunicado la decisión de Ianukovych de adquirir los narcóticos y subrayó que lo hizo "para demostrar la magnitud del problema, y no con fines de venta o consumo". Todas las drogas exhibidas en la reunión del Gobierno fueron, a continuación, incineradas en presencia de la prensa en el patio de la Administración de la Presidencia, según el diario digital Unian.
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40% dos consumidores problemáticos
na UE em tratamentos de substituição
09.07.2010

Cerca de 40 por cento dos consumidores problemáticos de droga na União Europeia encontram-se em tratamentos de substituição, revela um relatório hoje publicado no Portal da Saúde e que aponta para uma diminuição generalizada do consumo por via endovenosa.

O relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência de 2010 sobre tendências de consumo de droga por via endovenosa mostra que as respostas no tratamento da toxicodependência se têm centrado no tratamento de substituição de opiáceos. Esta é considerada a forma mais eficaz para reduzir o consumo de droga injetada, refere o relatório.

Em 2007, estimava-se que estavam em tratamento de substituição na União Europeia cerca de 650 mil utentes, que representa 40 por cento do total estimado de consumidores problemáticos de droga.
“O número de pessoas em tratamento de substituição nesse ano representa um aumento para mais do triplo desde 95”, refere o documento.

As estimativas nacionais de 14 países europeus variam entre menos de um e 15 consumidores de droga injetada por mil habitantes.
A média ponderada para os estados-membros da União Europeia é de 2,5 consumidores por mil habitantes entre os 15 e os 64 anos.

Dos utentes em centros de tratamento em 2007 nos países europeus, um terço mencionou o consumo endovenoso como “via habitual de administração da sua droga principal”.
O consumo de droga injetada está sobretudo associado ao consumo de opiáceos: quase metade das pessoas que inicia tratamento para este tipo de droga diz que o faz por essa via.
Já entre os utentes que consomem cocaína como droga principal, apenas oito por cento afirma que habitualmente se injeta.

No entanto, o relatório conclui que, entre 2002 e 2007, diminuiu na maioria dos países a percentagem de pessoas que iniciaram tratamento por consumo de opiáceos, cocaína ou anfetaminas e que afirmavam injectar-se.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)