Dieta mediterrânea é Património
Imaterial da Humanidade

por Agência Lusa
16.11.2010

A dieta mediterrânica foi hoje declarada Património Imaterial da Humanidade, durante a reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
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Espanha, Grécia, Itália e Marrocos apresentaram a candidatura de forma conjunta, tendo a coordenação ficado a cargo da Fundação Dieta Mediterrânea, com sede em Barcelona.
O processo de candidatura começou em 2008, tendo sido iniciado pelo governo regional da Catalunha.

Dieta mediterrânica previne aterosclerose

por Sara Pereira
07.07.2010

Vegetais, azeite virgem e baixo consumo de carnes vermelhas influenciam comportamento dos genes
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É sabido que a dieta mediterrânica está associada a um risco baixo de doenças cardiovasculares. Mas um estudo publicado pela Federação Americana de Sociedades de Biologia Experimental (FASEB) mostra agora que este tipo de dieta altera o modo como funcionam os genes associados à aterosclerose. Maria Isabel Covas, uma das cientistas envolvidas neste estudo, explica as aplicações práticas das conclusões: "Saber que genes se podem influenciar com determinada dieta pode ajudar as pessoas a escolher uma alimentação saudável."

Foram utilizados três grupos de voluntários. O primeiro consumiu uma dieta tradicional mediterrânica que incluía azeite virgem rico em polifenóis; o segundo consumiu a mesma dieta com um azeite com baixo teor de polifenóis; e o terceiro manteve a dieta habitual. Após três meses, o primeiro grupo mostrou uma quebra na actividade dos genes ligados à aterosclerose. Os resultados mostraram ainda que o consumo de azeite virgem associado a uma dieta mediterrânica poderá ter um impacto positivo na oxidação do ADN, na resistência à insulina, na redução de inflamações, na diminuição da possibilidade de aparecimento de tumores ou mesmo na sua remissão.
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O editor do jornal da FASEB, Gerald Weissmann, salienta que "este estudo mostra que o consumo de azeite e uma dieta mediterrânica afectam o organismo de forma muito mais significativa. O que não só pode encorajar as pessoas a mudar os hábitos alimentares, como se revela um passo importante no estudo da expressão genética".
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